RETROSPECTIVA: 2011 NO CINEMA (parte 4)
31. Capitão América – O primeiro vingador (Captain America: the first avenger, 2011), de Joe Johnston
O que é o final desse filme? O trabalho competente de Chris Evans, dirigido por um vigoroso Joe Johnson, é o sopro de qualidade em um longa que, antes de mais nada, serve de abre-alas para que os demais vingadores surjam em uma nova produção. Tudo fica pior para quem, como eu, assistiu ao filme em versão dublada...
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Nota: 6.0
32. Melancolia (Melancholia, 2011), Lars Von Trier
O diretor aposta em um clima de constante asfixia, resultante da escolha de uma trilha sonora que desperta agudeza de sentimentos, além de uma câmera trôpega que filma cores frias e uma luz pálida que dimensiona o público para um ambiente em que nada está bem. Portanto, estamos diante de um drama na acepção mais estrita do termo, sem qualquer brecha para o alívio. Melancolia confronta o tempo todo e levanta a questão da sensação de falta de sentido da vida.
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Nota: 9.0
33. Super 8 (idem, 2011), de J. J. Abrams
Mesmo os clichês que atravessam a narrativa são temperados da melhor maneira possível, resultando em um entretenimento de primeira e comprovando que o cinema também deve ter espaço para histórias fantásticas. Muito se comentou sobre a semelhança do filme com obras oitentistas de Steven Spielberg, de quem Abrams pode ser considerado um discípulo confesso.
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Nota: 7.5
34. A árvore da vida (The tree of life, 2011), de Terrence Malick
Com efeito, houve quem dissesse que, a exemplo dos filmes anteriores do realizador, assistir a esse é quase uma experiência litúrgica. De fato, a dimensão espiritual do homem pode ser acionada imediatamente depois de se colocar os olhos nas cenas esplêndidas que se vão sucedendo, sem a menor preocupação – ao menos, aparentemente –de ser didático ou clássico. Subverte-se a narrativa, transgride-se a linearidade em prol de uma circularidade e um grau de complexidade que se assimila à própria existência.
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Nota: 10.0
35. Balada do amor e do ódio (Balada triste de trompeta, 2011), de Álex de la Iglesia
Investindo em um humor nigérrimo, o diretor apresenta um filme com mil estripulias e reviravoltas cujas oscilações vão da estupefaciência ao estômago embrulhado, criando um balé trágico de sombras, deformidades e terríveis constatações. Em meio a muitas elocubrações, ainda sobram pequenas referências à ditadura franquista. Uma pérola de um cineasta afeito ao bizarro e ao grotesco.
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Nota: 8.5
36. Um sonho de amor (Io sono l’amore, 2009), de Luca Gudagnino
No fundo, o que interessa aqui não é a história que será contada, mas a maneira pela qual isso será feito. Há quem diga que só existem 48 histórias, e que as demais são variações desses tipos limitados. Talvez seja verdade. Não importa. Um sonho de amor consegue partir de uma temática esgarçada para lhe conferir um tratamento precioso e levar à fruição com requinte e passionalidade.
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Nota: 9.0
37. Onde está a felicidade? (idem, 2011), de Carlos Alberto Riccelli
A terceira incursão de Riccelli na direção representa um flerte declarado com as cores e a extravagância de Almodóvar, e exibe uma Bruna Lombardi radiante e com ótimo timing cômico. O diálogo com o cineasta espanhol fica ainda mais claro por conta das lindas locações em Santiago de Compostela, cenário do refúgio que a protagonista busca para um divertido reencontro com seu eu interior.
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Nota: 6.0
38. Amor a toda prova (Crazy, stupid love, 2011), de Glenn Ficarra e John Requa
É bem verdade que existem alguns clichês no filme, mas eles são tão bem administrados e desenvolvidos que se tornam irresistíveis. Amor a toda prova flerta com a gramática tradicional dos filmes do gênero, e não tem vergonha de se assumir como um filme de amor, mas essa é apenas a sua superfície. Há muito mais a se descobrir acompanhando a jornada algo desastrosa de seus protagonistas.
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Nota: 8.5
39. Um conto chinês (Un cuento chino, 2011), de Sebastián Borensztein
O filme só tem a reforçar a onda de prestígio que o cinema argentino tem vivido há alguns anos, bem como ratifica o carisma de Ricardo Darín como intérprete. Por mais que seu personagem seja uma grande resmungão que vê a vida com olhos austeros, é quase impossível não se deixar levar por toda a sua humanidade. Suas repetições chegam a ser cômicas, involuntariamente risíveis diante da condução ligeira que o diretor dá a elas, e ajudam a compor seu modo de agir para além de esquemas e enviesamentos.
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Nota: 8.5
40. As harmonias de Werckmeister (Werckmeister harmóniák, 2000), de Béla Tarr – MOSTRA O ENIGMA BÉLA TARR, FESTIVAL DO RIO
Composto por apenas 39 planos-sequência, o longa-metragem aborda discussões filosóficas por meio de figuras que permanecem ocupando a mente do público por um longo tempo. O lugar citado no título é uma pequena cidade que vem sendo castigada pelo rigoroso inverno húngaro. Nota-se que é uma região que parece estática no tempo. Aquele lugar tão pacato e gélido ganhará certa movimentação quando da chegada de uma trupe de artistas de circo que trazem uma enorme baleia empalhada, fato que logo desperta a curiosidade de muitos moradores locais.
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Nota: 9.0
O que é o final desse filme? O trabalho competente de Chris Evans, dirigido por um vigoroso Joe Johnson, é o sopro de qualidade em um longa que, antes de mais nada, serve de abre-alas para que os demais vingadores surjam em uma nova produção. Tudo fica pior para quem, como eu, assistiu ao filme em versão dublada...
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Nota: 6.0
32. Melancolia (Melancholia, 2011), Lars Von Trier
O diretor aposta em um clima de constante asfixia, resultante da escolha de uma trilha sonora que desperta agudeza de sentimentos, além de uma câmera trôpega que filma cores frias e uma luz pálida que dimensiona o público para um ambiente em que nada está bem. Portanto, estamos diante de um drama na acepção mais estrita do termo, sem qualquer brecha para o alívio. Melancolia confronta o tempo todo e levanta a questão da sensação de falta de sentido da vida.
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Nota: 9.0
33. Super 8 (idem, 2011), de J. J. Abrams
Mesmo os clichês que atravessam a narrativa são temperados da melhor maneira possível, resultando em um entretenimento de primeira e comprovando que o cinema também deve ter espaço para histórias fantásticas. Muito se comentou sobre a semelhança do filme com obras oitentistas de Steven Spielberg, de quem Abrams pode ser considerado um discípulo confesso.
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Nota: 7.5
34. A árvore da vida (The tree of life, 2011), de Terrence Malick
Com efeito, houve quem dissesse que, a exemplo dos filmes anteriores do realizador, assistir a esse é quase uma experiência litúrgica. De fato, a dimensão espiritual do homem pode ser acionada imediatamente depois de se colocar os olhos nas cenas esplêndidas que se vão sucedendo, sem a menor preocupação – ao menos, aparentemente –de ser didático ou clássico. Subverte-se a narrativa, transgride-se a linearidade em prol de uma circularidade e um grau de complexidade que se assimila à própria existência.
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Nota: 10.0
35. Balada do amor e do ódio (Balada triste de trompeta, 2011), de Álex de la Iglesia
Investindo em um humor nigérrimo, o diretor apresenta um filme com mil estripulias e reviravoltas cujas oscilações vão da estupefaciência ao estômago embrulhado, criando um balé trágico de sombras, deformidades e terríveis constatações. Em meio a muitas elocubrações, ainda sobram pequenas referências à ditadura franquista. Uma pérola de um cineasta afeito ao bizarro e ao grotesco.
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Nota: 8.5
36. Um sonho de amor (Io sono l’amore, 2009), de Luca Gudagnino
No fundo, o que interessa aqui não é a história que será contada, mas a maneira pela qual isso será feito. Há quem diga que só existem 48 histórias, e que as demais são variações desses tipos limitados. Talvez seja verdade. Não importa. Um sonho de amor consegue partir de uma temática esgarçada para lhe conferir um tratamento precioso e levar à fruição com requinte e passionalidade.
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37. Onde está a felicidade? (idem, 2011), de Carlos Alberto Riccelli
A terceira incursão de Riccelli na direção representa um flerte declarado com as cores e a extravagância de Almodóvar, e exibe uma Bruna Lombardi radiante e com ótimo timing cômico. O diálogo com o cineasta espanhol fica ainda mais claro por conta das lindas locações em Santiago de Compostela, cenário do refúgio que a protagonista busca para um divertido reencontro com seu eu interior.
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Nota: 6.0
38. Amor a toda prova (Crazy, stupid love, 2011), de Glenn Ficarra e John Requa
É bem verdade que existem alguns clichês no filme, mas eles são tão bem administrados e desenvolvidos que se tornam irresistíveis. Amor a toda prova flerta com a gramática tradicional dos filmes do gênero, e não tem vergonha de se assumir como um filme de amor, mas essa é apenas a sua superfície. Há muito mais a se descobrir acompanhando a jornada algo desastrosa de seus protagonistas.
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Nota: 8.5
39. Um conto chinês (Un cuento chino, 2011), de Sebastián Borensztein
O filme só tem a reforçar a onda de prestígio que o cinema argentino tem vivido há alguns anos, bem como ratifica o carisma de Ricardo Darín como intérprete. Por mais que seu personagem seja uma grande resmungão que vê a vida com olhos austeros, é quase impossível não se deixar levar por toda a sua humanidade. Suas repetições chegam a ser cômicas, involuntariamente risíveis diante da condução ligeira que o diretor dá a elas, e ajudam a compor seu modo de agir para além de esquemas e enviesamentos.
Nota: 8.5
40. As harmonias de Werckmeister (Werckmeister harmóniák, 2000), de Béla Tarr – MOSTRA O ENIGMA BÉLA TARR, FESTIVAL DO RIO
Composto por apenas 39 planos-sequência, o longa-metragem aborda discussões filosóficas por meio de figuras que permanecem ocupando a mente do público por um longo tempo. O lugar citado no título é uma pequena cidade que vem sendo castigada pelo rigoroso inverno húngaro. Nota-se que é uma região que parece estática no tempo. Aquele lugar tão pacato e gélido ganhará certa movimentação quando da chegada de uma trupe de artistas de circo que trazem uma enorme baleia empalhada, fato que logo desperta a curiosidade de muitos moradores locais.
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Nota: 9.0
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