RETROSPECTIVA: 2011 NO CINEMA (parte 2)

11. O vencedor (The fighter, 2010), de David O. Russell

Certamente, tem uma das direções de atores mais acertadas dos últimos anos. Mark Whalberg, Christian Bale e Melissa Leo têm igual espaço para brilhar e comprovar o quanto são talentosos. Os Oscar de coadjuvantes recebidos pelos dois últimos foram dois dos mais merecidos em 2011.



Nota: 7.0

12. Bravura indômita (True grit, 2010), de Ethan e Joel Coen

Reis do humor negro, os irmãos Coen se “atreveram” a refilmar um clássico do faroeste e entregaram o seu filme menos típico, com um elenco coeso e em ponto de bala. Fiéis à cartilha de um gênero ferido de morte pela correção política, eles se reinventam e dão uma prova feliz de versatilidade.



Nota: 8.0

13. 127 horas (127 hours, 2010), de Danny Boyle

Apreciado por uns, rejeitado por outros, é um filme denso e desafiador. A entrega total de James Franco, visceral como jamais se havia visto antes, coroa o esforço de Boyle em dirigir com uma linguagem e uma estética toda sua um drama de inspiração real.



Nota: 8.5

14. O primeiro que disse (Mine vaganti, 2010), de Ferzan Özpetek

O título nacional é de uma indigência irritante, mas a comédia italiana tem bons momentos e uma trilha sonora que inclui a estupenda Nina Zilli, embalando uma das cenas mais divertidas de uma história sobre escolhas e omissões feitas em nome da família.



Nota: 7.0

15. Turnê (Tournée, 2010), de Mathieu Amalric

Poucas pessoas viram o novo exercício de Amalric atrás das câmeras e também diante delas. Com uma estética deslumbrante, ele se propôs a examinar com uma lente de aumento as agruras da decadência de um profissional cujo ofício já não encontra o eco de antes no público, fato que o leva a uma angustiante reavaliação da vida.



Nota: 8.5

16. Rio (idem, 2011), de Carlos Saldanha

Apesar de certos chavões sobre a Cidade Maravilhosa – que soam espantosos vindo de um diretor brasileiro -, trata-se de uma animação multicolorida e adorável, com a desventuras de um pássaro desastrado com um quê de alleniano.



Nota: 8.5

17. Ricky (idem, 2009), de François Ozon

À primeira vista, Ricky pode parecer um filme ingênuo ou simplório, por falar de um tema trivial com uma abordagem afastada, até certo ponto, da realidade esperada. Mas Ozon é extremamente habilidoso no trato da trama, roteirizada por ele mesmo, fazendo do inusitado algo completamente aceitável.



Nota: 8.0

18. A minha versão do amor (The Barney’s version, 2010), de Richard J. Lewis

Sua duração excessiva transforma uma história interessante em um filme enfadonho. Paul Giamatti promete no começo, mas passa o resto da narrativa no piloto automático, repetindo, em parte, seu tipo de Sideways – Entre umas e outras (Sideways, 2004). Felizmente, Dustin Hoffman consegue manter algum interesse como um pai cuca fresca e cheio de conselhos inacreditáveis.



Nota: 6.5

19. Reencontrando a felicidade (Rabbit hole, 2010), de John Cameron Mitchell

Trafega pelas estradas curvilíneas do sofrimento, e assinala que cada um só é capaz de compreender a própria dor. Nas entrelinhas, reverbera um discurso pungente e necessário: A maior dor é a que eu sinto.



Nota: 9.0

20. Todo mundo tem problemas sexuais (idem, 2008), de Domingos Oliveira

Com um atraso de três anos, o filme passou discretamente pelas salas de cinema, e revelou um Domingos muito mais desbocado que habitual, em uma coleção de historietas que versam sobre disfunções sexuais. O elenco se reveza em vários papéis para dar conta de retratar os males contemporâneos das relações amorosas, com um humor que beira a grosseria.



Nota: 7.0

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